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O CÉREBRO DA CRIANÇA – PARTE 6

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Na última seção dedicada à revisão do livro “O cérebro da criança”, de Daniel J. Siegel e Tina Payne Bryson, abordaremos o tema da integração de si com os outros.

Evidentemente, queremos que nossos filhos se tornem homens e mulheres fortes, complacentes, respeitosos e amorosos, mas é um pouco demais esperar isso de quem acabou de aprender a amarrar os sapatos!

A boa notícia é que podemos prepará-los e direcioná-los para se tornarem crianças, adolescentes e, por fim, adultos totalmente capazes de ter relacionamentos e de levar os sentimentos dos outros em consideração.

Algumas pessoas simplesmente têm menos conexões neurais no circuito encarregado da empatia e dos relacionamentos. Outras têm dificuldades de se relacionar e precisam ter essas conexões estimuladas e cultivadas. 

O que sabemos, no entanto, é que, em nossa sociedade, aprender a passar de “eu” para “nós” é essencial para que nossos filhos sejam capazes de se adaptar ao mundo futuro. A felicidade e a realização resultam de se estar conectado a outros ao mesmo tempo em que se mantém uma identidade única. 

Na seção anterior falávamos sobre o primeiro aspecto da visão mental: a capacidade de ter consciência de si mesmo, seus pensamentos e sentimentos. O segundo aspecto da visão mental é o desenvolvimento da capacidade de ver e se conectar com a mente dos outros. 

O cérebro é um órgão social feito para estar em relacionamento. Todo o cérebro é continuamente construído por suas interações com os outros. Mais do que isso, estudos sobre felicidade e sabedoria revelam que um fator-chave no bem estar é dedicar atenção e paixão em benefício de outras pessoas, em vez de focar em preocupações individuais. 

O cérebro é cheio de neurônios espelhos. Inúmeras pesquisas demonstram que, ao vermos um ato, compreendemos o objetivo dele e nos aprontamos para espelhá-lo. O mais impressionante é que podemos espelhar não apenas as intenções comportamentais dos outros, mas, também, seus estados emocionais. 

 

O que isso significa para nossos filhos?

 

Os tipos de relacionamento que eles vivenciam estabelecerão o modo como se relacionarão com os outros pelo resto da vida. 

Quando as crianças passam tempo com as pessoas mais importantes de suas vidas, desenvolvem importantes habilidades relacionais como: comunicar-se e ouvir bem, interpretar expressões faciais, compreender a comunicação não verbal, compartilhar, sacrificar-se. 

O cérebro usa experiências repetidas ou associações para prever o que esperar. Se a criança vive relacionamentos cheios de carinho, conexão e proteção, esse se tornará o modelo para relacionamentos futuros. 

Se queremos preparar as crianças para participarem de um relacionamento como indivíduos saudáveis, precisamos criar dentro delas um estado aberto e receptivo em vez de um estado fechado e reativo. 

Quando o sistema nervoso está reativo, na realidade está em um estado de resposta lutar-fugir-paralisar, com o qual é quase impossível se conectar de uma forma aberta e afetiva com outra pessoa. Muitas vezes em momentos de reatividade, comunicações não verbais (abraços, expressões faciais empáticas) serão muito mais poderosas. 

Uma outra estratégia que prepara os filhos para conexão nos relacionamentos é a diversão familiar. Ela é uma ferramenta poderosa porque lhes dá experiências positivas ao lado de pessoas com quem passam a maior parte do tempo: seus pais. É fascinante saber que podemos ajudar a produzir jatos de dopamina – o elemento químico no cérebro responsável pelo bem estar –, promovendo alegria e descontração nos momentos familiares. 

Sabendo que nosso estado mental pode influenciar o estado mental de nossos filhos, tomamos consciência de que podemos transformar a chateação e irritabilidade em diversão, risos e conexão. 

Um outro ponto interessante destacado no capítulo 6 do livro em questão é que nós vemos o que vemos e, frequentemente, apenas o que queremos ver. Mas, quanto mais conseguimos usar nossa visão mental para ver os acontecimentos através dos olhos das outras pessoas, melhores são nossas chances de resolver nossos conflitos de maneira saudável.

Por isso, quando nossa criança chega partilhando conosco uma situação de confronto com um coleguinha (ou com o irmão, ou o primo), primeiro é sempre bom demonstrar termos consciência de seus sentimentos. Depois, será interessante fazer perguntas sobre como a outra pessoa deve estar se sentindo, sobre por que alguém reagiu como reagiu. Dessa forma, podemos estimular a empatia em nossos filhos. 

Também podemos instruir as crianças sobre a comunicação não verbal. O que “ombros caídos, cabeça baixa e rosto abatido” poderá significar para entender os sentimentos de um jogador que acabou de perder uma partida, por exemplo?

Outra habilidade relacional muito importante para ser ensinada aos filhos é a de acertar as coisas depois de um conflito. Pedir desculpas é muito importante, mas ajudar a desamassar o desenho do coleguinha que uma criança amassou será um excelente passo para estimular o crescimento da empatia e transmitir ensinamentos sobre a compaixão. 

Por fim, ensinar a integração de si com os outros produzirá efeitos profundos e duradouros nas crianças e estabelecerá as bases para uma vida cheia de significado, bondade, flexibilidade, resiliência, compaixão: as verdadeiras chaves para a construção de um mundo mais humano. 

 

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